24/02/2011

GRANDES ESCÂNDALOS DA HISTÓRIA - O CASO MANUEL FIEL FILHO TORTURA E MORTE

Manuel Fiel Filho foi um operário metalúrgico brasileiro morto por tortura durante a ditadura militar.Foi preso em 16 de janeiro de 1976 ao meio-dia fábrica onde trabalhava, a Metal Arte, por dois agentes do DOI-CODI/SP, que se diziam funcionários da Prefeitura, sob a acusação de pertencer ao Partido Comunista Brasileiro. No dia seguinte os órgãos de segurança emitiram nota oficial afirmando que Manuel havia se enforcado em sua cela com as próprias meias, naquele mesmo dia 17, por volta das 13 horas.
O corpo apresentava sinais evidentes de torturas, em especial hematomas generalizados, principalmente na região da testa, pulsos e pescoço.
As circunstâncias da sua morte são idênticas as de Alexandre Vannucchi Leme e Vladimir Herzog. As evidentes torturas feitas a ele dentro do II Exército de São Paulo provocaram o afastamento do general Ednardo d'Ávila Melo, ocorrido três dias após a divulgação da sua morte.
Em ação judicial movida pela família, a União foi responsabilizada pela tortura e assassinato. O exame necroscópico, solicitado pelo delegado de polícia Orlando D. Jerônimo e assinado pelos médicos legistas José Antônio de Melo e José Henrique da Fonseca, confirma a versão oficial.
Segundo relato de sua esposa, no dia seguinte de sua prisão, um sábado, às 22 horas, um desconhecido, dirigindo um Dodge Dart, parou em frente à sua casa e, diante de sua mulher, suas duas filhas e alguns parentes, disse secamente: "O Manuel suicidou-se. Aqui estão suas roupas." Em seguida, jogou na calçada um saco de lixo azul com as roupas do operário morto. Sua mulher então teria começado a gritar: Vocês o mataram! Vocês o mataram!.
Em documento confidencial encontrado nos arquivos do antigo DOPS/SP seu crime seria receber o jornal Voz Operária.
A entrega de corpo a família só foi realizada com a condição de que os parentes o sepultassem o mais rapidamente possível e que não se falasse nada sobre sua morte. No domingo, dia 18, às 8 horas da manhã, ele foi sepultado por seus familiares no Cemitério da IV Parada, em São Paulo.

7 de abril de 1987 — União é culpada pela morte de Manoel Fiel Filho - 07/04/2009 - 00:30 | Enviado por: denisedealmeida
A União foi responsabilizada pela morte do operário Manuel Fiel Filho, ocorrida nas dependências do Doi-Codi de São Paulo no dia 17 de janeiro 1976. A Segunda Turma do Tribunal Federal de Recursos deu assim ganho de causa à viúva Teresa de Lourdes Martins Fiel, que durante 10 anos lutou na Justiça por uma ação indenizatória.
A própria Procuradoria Geral da República reconheceu que houve torturas e sevícias contra Fiel Filho e os advogados admitiram que o caso está encerrado.
Manuel Fiel Filho foi preso ilegalmente - sem ordem de prisão, e não estava envolvido ou indiciado em qualquer inquérito - um dia antes da sua morte, que, segundo a versão do 2º Exército (SP), ocorreu por enforcamento. O preso teria se suicidado com as meias que não trajava quando foi levado para a prisão.
Fiel Filho morreu nas mesmas circunstâncias, local e época que o jornalista Wladimir Herzog, cuja viúva Clarice Herzog ganhou definitivamente uma ação semelhante contra a União em 1983.
O julgamento da ação durou 40 minutos. Depois da morte do marido, Teresa arrumou seu primeiro emprego na Febem, como copeira, para sustentar a família.
O valor da indenização por danos materiais que a União terá de pagar à viúva será calculado pela contadoria da Justiça Federal em São Paulo, com base no salário que Manuel recebia quando morreu.
Décadas depois foi aberto novo processo sobre o caso. O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo ajuizou em março deste ano uma ação civil pública com pedido de liminar para que sete servidores públicos respondam civilmente pela morte de Fiel Filho e os parentes recebam a indenização de R$ 438.772.
De acordo com o MPF, os responsáveis participaram de prisão ilícita, tortura e morte da vítima, além de ocultarem as reais ca

Um comentário:

  1. Metal arte na Rua Siqueira Bueno- Trabalhei lá dois anos após a mortedo Manoel.Quando lá trabalhava fui ver a ficha de registro do funcionário Manoel Fiel Filho: Ele trabalhava ha 19 anos fazia excessivas horas extras. e no dia que foi "levado" foi de macacao da empresa, disseram a ele que não precisa se trocar porque seria bem rapidinho...Depois o tempo ja havia passado, mas os colegas de trabalho ainda falavam gotejando sentimentos de dor.

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