16/06/2010

PESQUISA - BENCHMARKING

ATENÇÃO O PRESENTE TRABALHO É DESTINADO
SOMENTE PARA PESQUISA,
NAO PODENDO SER COPIADO E TRASCRITO

UNIFAC – ASSOCIAÇÃO DE ENSINO DE BOTUCATU
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
MÓDULO: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
TRABALHO SOBRE BENCHMARKING
AUTOR ANDRÉ MURILO TAVELLA
BOTUCATU/SP, JUNHO/2010

 
BENCHMARKING
CAPÍTULO I - BENCHMARKING
1.1 - O que é Benchmarking?
É um processo sistemático e contínuo de comparação das práticas, processos e resultados de uma empresa com as mesmas práticas, processos e resultados de seus concorrentes, visando melhorar sua competitividade. Essa comparação pode ser feita também com empresas não concorrentes, consideradas líderes nas práticas ou feita também com empresas não concorrentes, consideradas líderes nas práticas ou processos que a empresa quer melhorar. Fazer Benchmarking é comparar para crescer.

1.2 - Sistematização
Benchmarking é um processo sistemático e contínuo. A empresa pode dizer que está fazendo benchmarking quando eventualmente vai a uma feira e conversa com um concorrente, ou quando visita outra empresa, mas isso é um embrião de benchmarking.
O processo de benchmarking consiste, primeiramente, em identificar o que vai ser comparado. É preciso ter um objetivo claro. Sem um objetivo, o empreendedor faz uma visita a uma empresa, volta, e não sabe muito bem o que fazer com as informações que conseguiu obter. Um processo sistemático significa planejar, fazer visitas às feiras, às empresas, e sair com uma informação que realmente vai ajudar a melhorar os seus processos.

1.3 - Passos do processo
O primeiro passo do processo de Benchmarking é a definição dos objetivos; qual é a área ou função que é necessário aprimorar? A área administrativa, industrial ou comercial?
A partir da definição do que vai ser comparado, o próximo passo é identificar com quem comparar – o ideal é localizar uma empresa excelente para realizar o processo em foco.

1.4 - Localização da referência
Para fazer uma pesquisa de Benchmarking é necessário entrar em contato com associações comerciais e industriais, além de pesquisar em outros veículos de mídia e de comunicação. A própria rede de contatos do empreendedor pode trazer essas informações.
É necessário sistematizar o processo, fazendo um planejamento das visitas a serem realizadas, e após, estudar e consolidar as informações obtidas, analisando e transformando os resultados num plano de ação.
Os dados obtidos ajudam na tomada de decisões sobre os pontos que devem ser melhorados.

1.5 – Banco de Dados
As informações obtidas nas entrevistas de Benchmarking devem ser armazenadas em um Banco de Dados, de modo a obter as informações colhidas.
As informações armazenadas no Banco de Dados podem ser classificadas em áreas distintas, através de indicadores específicos.
Na área de logística, por exemplo, um indicador muito utilizado é o de entregas dentro do prazo. No setor jornalístico a entrega no prazo é crucial. Esse setor é uma grande referência nas questões logísticas, porque nele a entrega é uma função crítica.
Vamos dizer que 98% das entregas de uma empresa são feitas no prazo, porém, não basta saber que essa empresa tem um alto percentual, mas, é necessário saber o que ela faz para conseguir esse índice.
Esse deve ser o foco do Benchmarking.
É isso que deve ser explorado durante a visita:
- Qual é a tecnologia utilizada?
- Qual é a capacitação funcional?
- Qual é o sistema de informações utilizado pela empresa?
Todas essas informações devem ser coletadas, estudadas e analisadas criteriosamente, de modo a proporcionar uma melhoria no desempenho da empresa visitante.

1.6 – Receptividade
Normalmente quando uma determinada empresa é um paradigma referencial, não existem problemas no que diz respeito à receptividade, pois, de modo geral, elas mostram o que fazem. Então, se não for um concorrente, não existem problemas.

1.7 – Análise e implantação dos resultados das pesquisas
Após a análise dos dados, é necessário verificar se a empresa está em condições de implantar as práticas executadas na(s) empresa(s) visitada(s), se há recursos e em última análise se a empresa tem todas as condições de implantação. E não adianta fazer de uma só vez, pois, é necessário avaliar o posicionamento da empresa após a implantação (reengenharia) dos processos, para verificar se houve ou não resultados.
Os concorrentes não ficam parados. Esse trabalho tem que ser feito continuamente.

1.8 – Benchmarking junto à concorrência
O Benchmarking pode ser feito junto à concorrência; é o chamado “benchmarking competitivo”. Esse processo deve ser praticado com ética e respeito, de modo a não causar aspectos conflitantes entre as empresas visitadas.
Como ressaltado, para evitar aspectos conflitantes entre empresas concorrentes visitadas, os dados obtidos com informações de empresas de um mesmo setor, podem ser armazenados em um único banco de dados. Existe até uma metodologia utilizada pela entidade Comparasion International, voltada para grandes empresas.
Um outro procedimento a ser utilizado, reside no uso da metodologia dos “Arranjos Produtivos Locais (APLs), que consiste em montar um banco de dados específico para aplicar o benchmarking competitivo entre pequenas empresas.

CAPÍTULO II – RESUMO DE ESTUDO DE CASO: BENCHMARKING NO SETOR DE TRANSPORTES RODOVIÁRIOS – VIAÇÃO ÁGUIA BRANCA:
A Viação Águia Branca, uma das maiores empresas de transporte rodoviário do país, serve atualmente como paradigma para a prática de Benchmarking entre as demais empresas congêneres.
O foco da empresa está na segurança operacional e desde 2000, o Dr. Sérgio Barros, médico da empresa, implantou um sistema de medicina do sono, com base em um conjunto de ações que vão desde a polissografia e a instalação de salas de recuperação nos pontos de paradas das rodovias. Atualmente, a empresa tem dois laboratórios instalados nas garagens, e oito salas de recuperação em pontos de parada de rodovias.
O programa de medicina do sono implantado pela Viação Águia Branca, serve como fonte de realização de Benchmarkings setoriais, além de fornecer informações com relação ao desempenho de outros processos internos da empresa, alguns dos quais utilizados por outras empresas de transportes de passageiros.

CONCLUSÃO:
A prática do Benchmarking mais eficiente do que, por exemplo, participar de workshops ou palestras sobre um determinado assunto de interesse da empresa?
A vantagem é ver a prática. Não é ruim assistir uma palestra de um consultor, mas ver o processo é algo totalmente diferente.

FONTES CONSULTADAS – SITES:
Viação Águia Branca – www.aguiabranca.com.br
Unicamp - www.inovacao.unicamp.br
Coopead - UFRJ - www.cel.coopead.ufrj.br/
Viação Itapemirim – http://www.itapemirim.com.br/

ANEXOS:

ANEXO 01 – PROCESSO GENÉRICO DE BENCHMARKING
FONTE: COOPEAD – UFRJ - CENTRO DE ESTUDOS LOGÍSTICOS
Site: www.cel.coopead.ufrj.br/

ANEXO 02 – PASSOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROCESSO DE BENCHMARKING DE SUPPLY CHAIN
FONTE: COOPEAD – UFRJ - CENTRO DE ESTUDOS LOGÍSTICOS
Site: www.cel.coopead.ufrj.br/

ANEXO 03 – COMO ESCOLHER O TIPO DE BENCHMARKING A SER UTILIZADO
FONTE: COOPEAD – UFRJ - CENTRO DE ESTUDOS LOGÍSTICOS
Site: www.cel.coopead.ufrj.br/

ANEXO 04 – VIAÇÃO ITAPEMIRIM – SALA DE ESTUDOS SOBRE O SONO
FONTE: Viação Itapemirim – http://www.itapemirim.com.br/

ANEXO 05 – VIAÇÃO ÁGUIA BRANCA – SALA DE ESTIMULAÇÃO MOTORA PARA MOTORISTAS, NOS PONTOS DE APOIO NAS RODOVIAS
Fonte: Viação Águia Branca – http://www.aguiabranca.com.br/

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